sexta-feira, 28 de março de 2014

*Opinião* - Pede-me o que Quiseres, de Megan Maxwell



Sinopse: Após a morte do pai, o prestigiado empresário alemão Eric Zimmerman decide viajar até Espanha para supervisionar as filiais da empresa Müller. Nos escritórios centrais de Madrid conhece Judith, uma jovem inteligente e simpática, por quem se enamora de imediato. Judith sucumbe à atracção que o alemão exerce sobre ela e aceita tomar parte nos seus jogos sexuais, repletos de fantasias e erotismo. Com ele aprenderá que todos temos dentro um voyeur, e que as pessoas se dividem em submissos e dominantes…
Mas o tempo passa, a relação intensifica-se e Eric começa a temer que o seu segredo seja descoberto, algo que poderia ditar o princípio do fim de uma relação.

Fiquei agarrada a este livro assim que Judith se assume como uma potencial serial killer cujo alvo principal seriam chefes. Mas pela primeira vez desde que me entendo por gente, estou completamente dividida no que toca a um livro. Não sei se adorei ou se detestei. É verdade e sei que é estranho, mas quando cheguei à última página fiquei completamente à nora.

Em primeiro lugar, tenho de salientar a forma descontraída como toda a narrativa se desenvolve. É por isso um livro de leitura muito fácil e Megan Maxwell conseguiu fazer uma coisa que eu adoro mas que poucos conseguem: escrever exactamente da mesma forma como falamos.

No entanto, e apesar de ser um enredo bem delineado e bem construído, que se desenvolve de forma fluída, natural e minimamente verosímil, não consigo deixar de pensar que isto é um bocadinho mais do mesmo.

A história gravita à volta de Judith e Eric, uma espanhola de pêlo na venta e um alemão que vive quase exclusivamente em função da empresa que gere.
Judith é uma das mais fantásticas personagens que conheci ultimamente. Adorei a sua impulsividade, a forma como não se inibe em dizer exactamente o que pensa e quando bem entende e a maneira como encara e vive a sua vida. Determinada, destemida, orgulhosa e absolutamente apaixonante, vai ao extremo para fazer o que quer, quando quer e como quer.
No pólo oposto temos Eric, que tanto nos faz derreter como nos faz ter vontade de lhe dizer meia dúzia de coisas e nem todas elas bonitas. As suas constantes mudanças de humor fizeram-me recordar um certo Sr. Grey (sem a parte do “quero, posso e mando”), mas não posso dizer que seja exactamente a mesma coisa.

É, sem dúvida, mais um livro onde se exploram os limites e fantasias de cada uma das personagens, como tantos outros, mas todas as reviravoltas e contratempos com que se vão deparando pelo caminho fazem com que esta história se destaque, de forma positiva, de outras que li dentro deste género. Temos amor e ódio. Raiva e paixão. Temos, no fundo, uma história arrojada, sem medo e sensual até mais não, que consegue cativar-nos logo desde a primeira página.

Além disso, é o segundo livro que leio este ano e que me surpreende (pela positiva) com a “banda sonora”. As referências a músicas são uma constante, mas são feitas sempre no momento certo e com uma escolha cuidada das canções que são trazidas para a história.

Ainda assim, apesar de ter sentido necessidade de parar várias vezes para respirar fundo, de ter chegado a pensar que não ia ler o livro até ao fim e de ter ficado boquiaberta com os últimos dois capítulos, continuo muito dividida e sem saber que classificação lhe dar. 

Se vou ler o segundo? Podem crer que sim!! Como se diz por terras lusas, mal posso esperar para “ver o fundo ao tacho” e o final deixou-me tão intrigada que tenho de ver que rumo é que isto vai levar.

E vocês, já leram? O que acharam? :)



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