sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Para onde raio foram os últimos 607 dias da minha vida??????????


Pois é, quase dois anos. DOIS ANOS!!!!






Nem posts, nem grandes leituras, nem coisa nenhuma, foram quase dois anos afastada do mundo. Não sei onde é que se meteram estes 607 dias da minha existência. E porquê? Porque a malta acha por bem tomar decisões quase em cima do joelho, assim à parva e uma coisa que parecia tão simples veio a revelar-se tão complicada.



Hmmm. NOT.


2015 foi um ano de mudanças.
Não mudei de cidade, nem mudei de casa, é certo, mas mudei a minha forma de ver as coisas. Tenho hoje muito mais do que tinha há um ano atrás. Não bens materiais, mas sanidade mental que fui perdendo lentamente em 2014 e 2015 e que finalmente começo a recuperar. Mudei a minha mentalidade, a minha maneira de ser. Aprendi da pior maneira que há coisas que não voltam atrás: o tempo depois de passado, a pedra depois de atirada e a palavra depois de dita. Pois...



2015 foi um ano em que aprendi muito. 
Essencialmente sobre as pessoas, sobre as pseudo-amizades que pensava que tinha e que afinal nunca tive. Abri os olhos para muita coisa, consegui livrar-me de muita coisa que me fazia mal e, acima de tudo, consegui traçar um caminho, consegui definir aquilo que realmente importa e aquilo a que preciso dar mais tempo e atenção. De uma vez por todas percebi aquilo que realmente faz valer a pena ganhar uns cabelos brancos.


2015, apesar de todas as dificuldades, de todos os obstáculos, foi um ano muito positivo.
Não retomei as leituras, mas dediquei-me novamente a uma coisa que adoro: costurar.
Resolvi muita coisa que estava mal resolvida, sobretudo a nível familiar.
Percebi que o dinheiro faz falta mas não é a coisa mais importante na minha vida - não me interpretem mal: nunca fui fuinha nem nunca quis viver acima das minhas possibilidades. Apenas e tão somente morria de medo (e ainda morro, verdade seja dita...) de não ter dinheiro para as coisas básicas - alimentação, água, luz, gás, casa... Isso levou-me a ir trabalhar a 80km de casa. E aquilo que fui ganhar a mais não compensou, nem de perto, nem de longe, aquilo que perdi. E aquilo que a minha família perdeu...
Então mudei de trabalho, voltei para mais perto de casa e foi a melhor decisão que podia ter tomado.

Olhando em retrospectiva, 2015 foi um bom ano.



Começa 2016, esperam-nos novos desafios, novas lutas, dores de cabeça, objectivos e parece que é normal fazerem-se resoluções de Ano Novo por estes dias. Ou no dia 31 de Dezembro, não sei bem. Se calhar já venho um bocadito atrasada, mas as mudanças começadas em 2015 são um work in progress e há que continuar a trabalhá-las em 2016. Há erros que não quero e não posso voltar a cometer. 

Por isso, em jeito de resolução de Ano Novo, este ano quero:

1. Passar mais tempo com a família 
Seja em casa, seja na rua, fazer mais programas a três. Ver um filme com um balde de pipocas à frente, fazer bolachinhas (que a Mi adora), ir ao parque dar pão aos patos, brincar com bonecas e com os apetrechos da Dra. Brinquedos, fazer jogos ou simplesmente sair para a rua e passear.

2. Ler mais 
Para já o objectivo será um livro por semana. Tenho saudades de me sentar na cama à noite, com o tablet à frente e ficar horas perdidas a ler. O plano é esperar que a Mi adormeça e perder-me nos meus livros, tenho tantos para ler que nem sei bem por onde começar, mas acho que essa será a parte mais fácil.

3. Organizar-me 
Uma das coisas que mais me mete confusão é a minha própria desorganização no que toca às tarefas domésticas. No trabalho a coisa é mais fácil de gerir - quando se trabalha em função de prazos é fácil organizar as prioridades e ir mantendo a coisa a funcionar bem. Em casa a conversa é outra... Tenho lido algumas coisas sobre isso pela net, estratégias para combater os excessos, planos para ter sempre tudo em ordem em casa e no trabalho, mas a verdade é que não me identifico com nada daquilo que tenho encontrado. Preciso definir a minha própria linha de organização, encontrar uma estratégia que funcione para mim, planificar tarefas à minha maneira.
Tenho de começar por algum lado, é certo, e vou atacar nas duas coisas que são mais complicadas para mim: a limpeza da casa e o tratamento das roupas. O tempo não estica e não dá para tudo e estas são duas coisas que vão sempre ficando para segundo plano.
Para já, a meta é dedicar 20min por dia a limpar/arrumar uma área da casa e não começar a semana com roupa por lavar/passar a ferro. Para isso, vou precisar de implementar de vez o planeamento de refeições lá em casa - poupo tempo e €€€€€€€. Já tenho tentado fazê-lo, umas semanas com mais sucesso do que outras, está na hora de levar a coisa a sério e meter mãos à obra.

4. Destralhar
A ideia de destralhar começou a enraizar-se na minha cabeça em 2015.
A verdade é que tenho tralha a mais, coisas que guardo não sei bem porquê e que vai ficando no fundo de uma gaveta ou numa prateleira esquecida e que depois "atrai" outras coisas que tais para lhe fazer companhia e quando dou conta é tralha por todo o lado.
E essa tralha não me faz mais feliz, pelo contrário. Ando sempre a mudar as coisas de um lado para o outro e nunca "vejo o fundo ao tacho", sinto que está sempre tudo desarrumado, fora do sítio, demasiado cheio... Este é outro assunto a que tenho prestado alguma atenção, tenho lido algumas coisas sobre isso no blog da Rita ou da Kat, por exemplo, que sigo com regularidade e de onde tenho tirado algumas ideias. O ponto fulcral é viver com menos - porque sejamos realistas: precisamos mesmo de todos aqueles cacarecos por cima dos móveis?? Precisamos mesmo daquela camisola que não vestimos há três anos?? Guess not.
O objectivo é definir uma área de intervenção mensal. E vocês perguntam: mensal?????? Pois. Não vamos queimar "etapes", vamos devagar para chegar longe.
A minha prioridade este mês é destralhar os brinquedos da Mi. Dar a volta à arrecadação (para onde foram parar os brinquedos dos primeiros meses), dar a volta à arca e à caixa que estão na sala, ver o que posso dar e o que não está em condições de ser dado e dar um rumo a tudo aquilo com que ela não brinca.
Para Fevereiro definirei outra área para destralhar.

5. Fazer exercício
Et voilá, o meu calcanhar de Aquiles.
A ideia essencial é mexer-me mais. Considerando que trabalho 8h/dia sentada e passo cerca de 8h/dia a dormir (+ 2h para adormecer a Mi), dois terços do meu dia são passados numa inércia física que, embora necessária (temos de dormir, certo?), tem de ser compensada de alguma forma. E agora que penso nisso desta forma, onde raio se metem as outras 6h do dia???
Ultimamente tenho-me sentido com muito pouca energia, com dores nas articulações e umas dores de cabeça de caixão à cova. Preciso mexer-me mais e com  uma bicicleta elíptica em casa a servir de cabide... a verdade é que não tenho desculpa que me valha. A não ser preguicite aguda.
Objectivo: fazer um circuito de elíptica 4 vezes por semana para já (lá está, não vamos queimar "etapes") e, com o tempo, aumentar para um ritmo diário.

6. Costurar mais
Fazer mais e mais Pocoisas. Em meados de 2015 eu e o J. começamos a desenvolver esta página, o que me fez voltar a dar uso à máquina de costura e que, de certo modo, nos aproximou mais um bocadinho e contribuiu de forma decisiva para a (re)conquista da minha sanidade mental. É um projecto nosso, com ideias e trabalhos dos dois. Eu costuro, ele faz peças com hama beads. Mas todas as peças que fazemos tem um bocadinho do outro, seja na escolha do tecido, da aplicação que vamos fazer de determinada peça. É uma cena nossa e essencialmente aquilo que queremos é continuar a trabalhar para que chegue um bocadinho mais longe.

7. Levantar mais cedo
Isto é ponto assente. Chega de ficar na cama até à última, os 30 minutos que passam desde que o relógio toca a primeira vez até me levantar (sim, eu sou menina para desligar o relógio três vezes...) são suficientes para fazer um circuito de exercício na elíptica. Ou arrumar qualquer coisa em casa. Ou cortar tecidos, preparar projectos para costurar (que são tantos...), preparar encomendas, etc etc etc. 30 minutos, bem aproveitados, dá para muita coisa.
Portanto o objectivo é não adiar o despertador e saltar da cama às 06h30. Ui... não sei se não estarei a querer dar o passo maior do que a perna. Mas a ver vamos.


8. Dar continuidade ao que comecei com o Alpha

Em 2015 consegui finalmente fazer o curso Alpha. Há vários anos que queria fazê-lo, mas nunca tive oportunidade. Foi uma experiência avassaladora, arrebatadora, que superou todas as minhas expectativas e que faria novamente uma e outra vez de bom grado. Conheci pessoas extraordinárias, com percursos de vida incríveis, uns pela positiva, outros nem tanto infelizmente, mas com a certeza inabalável de que estão no caminho certo, de que percorrem o plano que lhes foi traçado por Deus.
Essa certeza e a forma como a partilharam fizeram-me perceber muita coisa, tanta que nem sei bem por onde começar. Voltarei a falar-vos disto em breve. Mas fiquem com esta ideia, o Alpha vale a pena, por todas as razões e mais algumas.

E para já... já chega.
Há muita coisa que quero trabalhar e melhorar este ano. Sooooooo....





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